Contemplar dois países ao mesmo tempo do mesmo lugar? Não é possível fazê-lo em qualquer lado, pois não?
Em 1682, era um pequeno eremitério, facto que conhecemos graças a uma inscrição em granito que aparece na porta ocidental, embora se saiba que, em 1408, já existia um eremitério dedicado a San Ginés neste lugar. O novo eremitério foi inaugurado em 1946, após ter sofrido uma série de reformas e ampliações ao longo dos séculos, e, atualmente, é o Santuário da Padroeira da cidade.
No interior, encontramos o altar-mor, uma capela e um altar lateral onde se venera São Bartolomeu, assim como um coro e vitrais policromos que representam os quatro evangelistas, e um candelabro de bronze e cristal. No início dos anos 1990, começaram as obras de construção da praceta em frente ao eremitério, onde se realiza o tradicional leilão de oferendas todos os primeiros domingos de setembro.
No interior, encontramos a Virgem dos Remédios, imagem muito querida entre os habitantes da localidade e das regiões vizinhas, e cuja primeira referência remonta a 1700. Em 1998, o retábulo do altar-mor de estilo neoclássico foi modificado e ampliado. Há também uma tela, presente da Marquesa dos Remédios, que representa a Descida de Cristo, pintada por José de Nin y Tudó.
Também encontramos um Cristo crucificado em madeira feito na Casa Garín em Madrid, em 1978. Na cave deste edifício, existe uma sala de exposições, inaugurada em 2017, que tem diferentes mantos, presentes, fotografias e trajes da Padroeira.
Como é tradição, no primeiro domingo de setembro, celebra-se o Dia dos Remédios, em que o eremitério e todos os arredores se enchem de pessoas provenientes da cidade e de outras partes de Espanha.