Uma igreja histórica, fusão de estilos

Bem-vindo à Igreja da Encarnação! Conheça um dos monumentos mais visitados em Valência de Alcântara devido à sua localização privilegiada, junto à Praça da Câmara Municipal.

A construção deste edifício começou em 1484. As modificações a que foi submetida fazem desta igreja um lugar de contrastes artísticos e arquitetónicos, o que explica, como é habitual nos edifícios da cidade, a fusão de estilos que podemos apreciar na sua construção, tais como o gótico da sua fachada e o renascentista e barroco do seu interior. No templo que vemos atualmente, destacam-se as mudanças que tiveram lugar durante a sua última remodelação no século XVIII, que foi realizada em estilo barroco.

Desfrute de toda a arte guardada no seu interior, tais como colunas, abóbadas, retábulos, imagens religiosas e lápides com os respetivos epitáfios. Maravilhe-se com a sua torre, pavimentos de lajes e imagens do seu interior.

Esta igreja foi fundada num período de expansão demográfica e económica para Valência de Alcântara. Foi concluída em meados do século XVI, mas, desde o início, apresentou problemas estruturais importantes que aumentaram após terem sido seriamente danificados nos séculos seguintes, devido aos diferentes períodos de guerra e domínio português em que a cidade esteve imersa.

Durante a última remodelação da Igreja da Encarnação, as abóbadas originais foram substituídas pelas que vemos hoje, muito mais robustas, e o lado da igreja teve de ser reforçado com 5 contrafortes. É um edifício de alvenaria com três portas principais: uma virada para Oeste, uma virada para Norte e a última virada para Sul, dando uma delas para a Plaza de la Constitución.

No interior, podemos encontrar os pavimentos já mencionados com lajes de alvenaria, que podem ter vindo do desaparecido Templo de Santiago, destruído durante as guerras com Portugal, e um coro de madeira sobre pilares de alvenaria. Destacam-se também três retábulos barrocos, um dos quais está localizado na abside da nave central, presidida pelo Cristo da Boa Morte.

Além disso, no dia 15 de maio, esta igreja é o local da celebração de San Isidro Labrador, cuja festividade (declarada Festa de Interesse Turístico Regional) foi iniciada pelas pessoas que trabalhavam no campo, como homenagem ao seu padroeiro, na década de 1940. Os habitantes vestiam o traje tradicional e faziam oferendas ao santo, e depois, os agricultores e criadores de gado passeavam pelas ruas da aldeia levando a imagem do santo em procissão. Desde então, esta celebração só tem crescido ao longo dos anos.

Sabia que…

  • O retábulo-mor do Cristo da Boa Morte é uma obra de Juan Martín Durán, realizada em 1781.

  • Durante a ocupação portuguesa (1705-1715), os habitantes lusitanos levaram parte do órgão e quatro sinos.

  • Se reparar nas colunas da igreja, verá como se inclinam para fora devido ao peso das abóbadas.