Descubra os dólmenes de Valência de Alcântara, um dos mais bem conservados da Europa. Maravilhe-se com estes majestosos monumentos funerários construídos com grandes pedras esculpidas à mão, que eram arrastadas uma a uma para o lugar onde enterravam os seus entes queridos.
Seja a pé ou de bicicleta, sozinho ou acompanhado, seja qual for a sua idade, descubra todas as histórias e segredos escondidos nestes tesouros, aprenda como era a vida há milhares de anos e surpreenda-se com a beleza e imensidão destes dólmenes em plena natureza.
E se quiser viver uma experiência surpreendente, convidamo-lo a observar o espetacular céu estrelado junto a estas joias e a praticar a “arqueoastronomia”, uma combinação estelar única.
Este conjunto dolménico de Valência de Alcântara é de grande importância cultural e territorial, devido à sua proximidade com Portugal, como Centro Megalítico Europeu. Por esta razão, em 1992, foi declarado BIC (Bem de Interesse Cultural) na categoria de Zona Arqueológica.
O termo “dólmen” vem do bretão e significa “mesa de pedra”. É formado por várias lajes (chamadas ortóstatos), em posição vertical cravadas na terra, sobre as quais se apoia uma laje colocada horizontalmente, formando a câmara. Eram revestidos com terra formando o que se denomina “túmulo” (colina artificial). São monumentos funerários, geralmente coletivos, datados de por volta do quarto e terceiro milénios antes da nossa era.
Na câmara, os defuntos eram enterrados juntamente com o enxoval que os acompanhava na sua vida após a morte. Geralmente, o material utilizado na sua construção depende do local onde o megálito foi erguido, predominando o granito e a ardósia. Em termos dos elementos encontrados, destacam-se os de indústria esculpida (pontas de setas, lâminas e raspadores), indústria polida (machados e pedras de moer), adornos (contas de colar e pendentes), cerâmicas e ídolos de caráter antropomórfico.
Desta mesma época pré-histórica, podemos também encontrar as Pinturas Rupestres que se encontram, principalmente, em rochas quartzíticas, localizadas em grutas de pouca profundidade denominadas “abrigos”, tais como o abrigo com arte rupestre “Puerto Roque”, incluído na Rede Europeia de Caminhos da Arte Rupestre Pré-histórica.